Dentro de você existe um rio que não tem onde desaguar abra as comportas, o faça vazio e faz de conta que eu sou seu mar Arrebente logo essa represa deixa a correnteza te arrastar por entre as pedreiras que teimam não deixar você ser minha beira e em mim se mistura -ar Aproveite as chuvas de janeiro se transborde em minha direção que eu faço maré cheia me quebro em sua mão e a gente volta e meia se encharca de pai xão Dentro de você existe um rio que não tem onde desaguar abra as comportas, o faça vazio e faz de conta que eu sou seu mar Deixe as águas que já são passadas pois moinhos já não movem mais embarque neste vento que eu te mandei buscar e venha violento em mim desemboca ar Faça uma enchente de saudade dessa tempestade de verão que eu faço uma ressaca bem fora de estação e a gente se encharca se afoga de pai xão. Dentro de você......seu mar