No quintal lá de casa passava um pequeno rio Que descia lá da serra ligeiro escorregadio A água era cristalina que dava pra ver o chão Ia cortando a floresta na direção do sertão Lembrança ainda me resta, guardada no coração... E tudo era azul celeste, brasileiro cor de anil Nem bem começava o ano já era final de Abril O vento pastoreando aquelas nuvens no céu... Fazia o mundo girar veloz como um carrossel E levantava a poeira e me arrancava o chapéu Ah o tempo faz, tempo desfaz E vai além sempre... A vida vem lá de longe, é como se fosse um rio Pra rio pequeno canoa, pros grandes rios navios E bem lá no fim de tudo, começo de outro lugar Será como Deus quiser como o destino mandar No rastro da lua cheia se chega em qualquer lugar Ah o tempo faz...