(primeira parte) Eu tenho a boca que arde como o sol O rosto e a cabeça quente Com Madalena vou-me embora Agora ninguém vai pegar a gente Dei minha viola um pedaço de pão Um esconderijo e uma aguardente Mas um dia eu arranjo outra viola E na viagem vou cantar pra Madalena Não chore não querida esse deserto finda Tudo aconteceu e eu nem me lembro Me abraça minha vida me leva em teu cavalo E logo no paraíso chegaremos (segunda parte) Vejo cidades fantasmas e ruínas À noite escuto o seu lamento São pesadelos e aves de rapina No sol vermelho do meu pensamento Será que eu dei um tiro no cara da cantina Será que eu mesmo acertei seu peito Vem vamos voando minha Madalena O que passou, passou não tem mais jeito Naquela sombra vou armar a minha rede E olhar os solitários viajantes Beber cantar e matar a minha sede Lá longe onde tudo é verdejante (Refrão) (terceira parte) O padre vai rezar uma prece tão antiga Domingo na capela da fazenda Brinco de ouro e botas coloridas Nós dois aprisionados nessa lenda Ouço um trovão e penso que é um tiro A noite escura me condena Não sei se vivo morro ou deliro Depressa pega a arma Madalena Tem uma luz por trás daquela serra Mira mas não erra minha pequena A noite é longa e é tanta terra Poderemos estar mortos noutra cena (Refrão 2x) (Final) La-la-ra-la-ra-la La-la-ra-la-ra-la-ra-la-ra-la-ra-la-ra-la... La-la-ra-la-ra-la... Poderemos estar mortos noutra cena...