Cá vai a marcha, mais o meu par Se eu não trouxesse, quem o havia de aturar? Não digas sim, não digas não Negócios de amor são sem precaução Já não há praça dos bailaricos Tronos de luxo no altar de manjericos Mas sem a praça que foi da Figueira A gente cá vai quer queira ou não queira Ó noite de Santo Antônio Ó Lisboa de encantar De alcachofras a florir De foguetes a estourar Enquanto os bairros cantarem Enquanto houver arraiais Enquanto houver Santo Antônio Lisboa não morre mais Lisboa é sempre a namoradeira Tantos derriços que já até fazem fileira Não digas sim, não me digas não Amar é destino, cantar é condão Uma cantiga, uma aquarela Um cravo aberto debruçado da janela Lisboa linda do meu bairro antigo Dá-me teu bracinho Vem bailar comigo