Quem te vê nem imagina O que tua outra face trás A dor de toda heroína Um amor que não satisfaz Quem diria que tão frágil Barco à beira do cais Voltasse de outra aventura Com duas faces tão desiguais Na sutileza do vento A brisa nos maus pensamentos Mantém pura a ilusão Mesmo sendo um tormento Te vê feliz por momentos De porto em porto de mão em mão Minh’alma ferida lamenta As tuas faces perdidas em vão Uma dormindo ao relento E a outra no acalanto do meu coração