Apenas oito doses para me matar Só para escrever o que nunca vou te falar Só pra ficar aqui sentado vendo a morte Em forma de uma brisa. Apenas oito no meio de tantas De tanta depressão, poeira, carros novos, chabilândias E meu bilhete único me leva a um lugar Tão solitário e úmido Foram oito empregos, oito pés na bunda Oito sentimentos numa fama levianamente vagabunda E o garçom me pede fica filho chora Mas pede a nona dose Reconheço seu projétil ( perdido na multidão, no meio de tantos na solidão) Minha Aorta tá sem sangue (sem dinheiro, corantes, plantas ou desodorantes) Tira o dedo do gatilho (cuidado garota louca, essa porra pode disparar) Me prepara a nona dose.