Como é que eu posso, cozinhar sem banha, Sem cebola e alho, sem vinagre e cheiro, Como é que eu posso, ter bom paladar, Sem você deixar, a grana pros temperos. Pois fique sabendo, que o feijão bichado, E o arroz quebrado, que alguém lhe vendeu, Já despejei tudinho no terreiro, veja bem o dinheiro, Que você perdeu. Ou você acaba com essa economia, Ou então acaba-se nossa amizade, Já reclamo isso quase todo dia, Você me responde com simplicidade. É que a cebola minha filha, está soberba, O alho e o vinagre cada vez subindo mais, Peça emprestado cada dia a uma vizinha, Ou continua fazendo, sempre como você faz.