Intro Em cima de uma abóbora estou Bem a vontade eu vou Dizendo mil vezes não ao luxo De uma almofada de veludo Mil vezes dirigir um carro de boi Livre, livremente nesta terra A brisa doce minha amiga O meu bisavô e o tataravô Viviam nesses campos sua tenda Nada fará que eu me arrependa Olhe para esses vales E o cume daquela montanha Tente se sentar ao ar livre Poeira não acumula sobre a grama Toda criança reinaugura o mundo Por brincar lá fora, na chuva, no frio de casinha e cavalinho de pau Todo ser humano precisa de um lar Um lugar bem aquecido, confortável O calor de um teto, o ardor das afeições Pássaros continuam em seus ninhos Raposas e o olhar amarelo Os homens e seus ternos limpos Seus casacos sem remendos Sua consciência nunca está tranquila Na verdade existem poucos homens E uma infinidade de calças e paletós As cidades repletas são multidões Ninguém se abraça, se cumprimenta É uma solidão e tudo se arrebenta