OBS: Adaptação do poema de Carlos Drummon de Andrade Ontem de noite eu procurei Ver se aprendia como é que se fazia Uma balada, antes de ir pro meu hotel É que esse coração já se cansou de viver só E quer então morar contigo no Esplanada Contigo no Esplanada Pra respirar abro a janela Como um jornal Eu vou fazer a balada, fazer a balada do Esplanada e ficar sendo o menestrel E ficar sendo o menestrel do meu hotel Do meu hotel, do meu hotel Mas não há poesia num hotel Nem mesmo sendo o Esplanada um grande hotel Há poesia na dor, na flor, no beija-flor Na dor, na flor, no beija-flor, no elevador, no elevador Como um jornal eu abro a janela eu abro a janela do Esplanada pra ficar sendo o menestrel pra ficar sendo o menestrel do meu hotel do meu hotel