(intro) Hoje tem baile ali no salão da vila Pois nem que me falte uns pila Me acarancho no entreveiro Bombacha larga e lenço atado a meia espalda Como quem vai sacar as balda De um redomão caborteiro Saí das casa pensando ajeitar o futuro E então morrer seguro Nos braços de alguma dona Sei que esta noite a trova vai ser de pua No ouvido desta xirua numa vaneira chorona Sei que esta noite a trova vai ser de pua No ouvido desta xirua numa vaneira chorona Cheguei cedito, fiquei até assombrado Com tanto corpo ajeitado se passeando na minha frente Que me perdoem meu jeitão indelicado É que o cheiro do pecado mexe com o instinto da gente Deixa pra mim Deixa pra mim A pior dessas percantas paisano Deixa pra mim (intro) Saltei carcando gostando da brincadeira Pra bailar a noite inteira daí que fica bem bom Gritei na copa: "Me bote um copo de vinho, Que o paraíso é pertinho, pintadinho de batom" Cruzei do ponto, fui misturando as bebida Me topei com uma querida deixada de um castelhano Morena linda, cabelo pela cintura, De corpo uma formosura, mas de cara um brigadiano Morena linda, cabelo pela cintura, De corpo uma formosura, mas de cara um brigadiano É bem verdade, já diz o velho ditado, Que o índio quando enxaguado age que nem uma mula Quando acordei, reparei que é bem assim Sobrou a pior pra mim, menos mal foi só por fula (Refrão)