Uma gaita de botão um candieiro enfumaçado Um bailezito ajeitado num ranchito de torrão Onde a própria evolução se apeia de madrugada Matando a sede na aguada da mais pura tradição Um rangido de basteira cantiga de correr boi Num tempo que não se foi pois tem alma de fronteira A velha pampa campeira de repente se agiganta Quando um índio abre a garganta numa marca galponeira (São coisas simples que falo do jeito da minha gente Que levanta o continente antes do canto do galo Bebe apojo do gargalo da noite negra chirúa Trança tentos ronda luas e faz pátria de a cavalo) Int. Um aparte campo a fora de saltar grama pra cima E um ovelheiro da estima troteando abaixo da espora Uma guitarra que chora numa coplita sentida Misturando vida e lida com a fé em Nossa Senhora Um buenas bem macanudo num saludo de fronteiro Um êra êra tropeiro um sovéu dos cabeludos Um pingaço topetudo pra um domingo de carreira E uma chinoca faceira bonita acima de tudo ( ) E faz pátria de a cavalo E faz pátria de a cavalo