Era tordilho o mala bruja que lhes falo Bulido não sei de quem e por uns quantos refugado, Maneco Rosa se chama o negro dos bastos Que vem escorando o golpe deste tal de Mascarado. Peleia braba corpo a corpo mano a mano Quem pode mais chora menos e a sorte pede bolada Quando o destino de um sotreta e um domador Fica enredado nos pastos da boca de uma picada. Foi bem no passo que dá para o campo dos fundos Que o tordilho Mascarado quis dá um tombo no Maneco Quase que bolca quando se arrastou com força Pois se assustou do culero que fez barulho nos flecos Igual a um gato laçado pelo pescoço Se arrastou buscando a volta se escorando nas ponteadas Não fosse o negro levar a mão na aba do basto Tinha plantado a figueira bem na ponta da picada Foi bem no passo, que dá para o campo dos fundos Me disse o Lasca que o tordilho era veiaco E que esses tempos tinha dado um garreio num Moço Branco Inté o Talquino que num susto agüenta uns pulo Dum golpe do Mascarado quase que fica lunanco A lida é bruta e a volta se para feia Quando o mundo se desmancha num corcovo chamarreado O tempo passa mas o Maneco não froxa Porque o bocal que ele arroxa se queda sempre apertado A mesma tava bota culo e também sorte Dizia o velho Caetano que era um índio macharrão Foi quando o negro atirou o corpo pra trás Pra mostra que um par de esporas não é enfeite dos garrão. Vinha o tordilho escabelando macega Dando coice nos cachorros manoteando as maçanetas Se via o pardo mais firme do que um palanque Dava um grito e um rebencaço e ajoujava com as rosetas.

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