A manga calma de transforma em aguaceiro O chuvisqueiro desentoca um campomar Que se tolda em cima d?um baio-oveiro Com seu sombreiro que tombeia ao desaguar Fechou seis dias que eu lido no alagado E o banhado já virou um tremendal Onde é várzea se tornou tudo encharcado Campo dobrado ventente de lamaçal Até a baeta do meu poncho está molhada Garra ensopada de varar passo e sanga O galpão virou um varal de arreios Oreando aperos enxaguados pela manga Int. O gado berra nostalgiando o tempo feio E a parelha do arreio calejou-se das bastera Lombo molhado pra pisar foi bem ligeiro Inda a força do potreiro tá debaixo da aguaceira Uma estiada negaceia por matreira Com cisma de caborteira vem escondendo a cara Do meu galpão sorvo as horas tramando tentos Desquinando pensamentos, remendando alguma garra Então me olvido empreitando esta faína Pois a força divina, jamais falha e nunca erra Talvez chuva seja o adubo já gasto Que veio firmar o pasto e largar uma graxa na terra Talvez chuva seja o adubo já gasto Que veio firmar o pasto e largar uma graxa na terra