(intro) Lembro o brilho do olhar que ofusca a boieira O semblante radiante que acende a centelha Deste meu coração és a flor do rincão que dá inveja as estrelas A ânsia do pingo se afoga na aguada no azul esverdeado destas amplitudes o rangido do basto numa cantilena Saluda a campanha do jeito mais rude e um fio de prata escorre da cincha e o mouro relincha patendo no açude coro 2x O vento que chega me traz o aroma da bela do rancho lábios de pitanga então eu apeio pra matar a sede e adoçar minha alma ) no espelho da sanga (intro) Só a primavera que traz a florada rebrotando o pasto da estância torena Pelas invernadas olfato teu cheiro por entre os campestres da pampa serena O sol adormece a tarde se atora e é chegada a hora de rever minha morena Desencilho o pingo no oitão do rancho oreando os arreios sob a ramada o amargo cevado me espera espumando enquanto retoça latindo a cuscada eu colho o mate das mãos da donzela e ofereço pra ela uma flor colorada coro (coro)