(De: Chico Buarque) Intr.: / / Se atiras mendigos No imundo xadrez Com teus inimigos E amigos, talvez A lei tem motivos Pra te confinar Nas grades do teu próprio lar Se no teu distrito Tem farta sessão De afogamento, chicote, garrote e punção A lei tem caprichos O que hoje é banal Um dia vai dar no jornal Se manchas as praças Com teus esquadrões Sangrando ativistas, cambistas, turistas, peões A lei abre os olhos A lei tem pudor E espeta o seu próprio inspetor E se definitivamente a sociedade só te tem desprezo e horror E mesmo nas galeras és nocivo, és um estorvo, és um tumor Que Deus te proteja És preso comum Na cela faltava esse um (Monarco: [email protected], [email protected]) _______________________________________________________ Contribuição: Monarco([email protected])