Eu ando pelo Recife, noites sem fim percorro bairros distantes sempre a escutar Luanda, Luanda onde estás É a alma de prêto a penar Recife, cidade lendária de prêtas de engenho cheirando a banguê Recife de velhos sobrados compridos, escuros faz gosto se vê Recife teus lindos jardins recebem a brisa que vem do alto mar Recife, teu céu tão bonito tem noites de lua pra gente cantar Recife de cantandores vivendo da glória em pleno terreiro Recife dos maracatús dos tempos distante de Pedro Primeiro Responde ao que vou perguntar que é feito de teus lampiões Onde outrora os boêmios cantavam suas lindas canções. (solo)