Fui chamado pra domar uma potrada cabreira Na fazenda campo-mar da família canasvieiras Uma semana de viagem fora as noites pelo meio Não sou de contar vantagem mas vivo dos meus arreios Tinha tudo que era pêlo tordilhos, mouros e ruanos Gateados, zaino, azulego de quatro pra cinco anos Cento e cinqüenta por doma casa, comida e descanso Metade no pé da doma e o resto depois do manso (Mas por sorte, sou gaiteiro além de ser domador Entre a fama e o dinheiro a vida tem mais valor A raiva, o medo e ciência podem calar o bondade Só não calam a consciência de um praiano de verdade) Int. Depois de um ano de casa e a cavalhada mansinha Já pronto pra bater asa um dia de tardezinha O patrão, falando grosso me disse sem titubear Fiquei sabendo,seu moço que anda querendo casar Domador não é ginete só recebe se não cai Monta para dar porrete e depois larga e se vai Diante de tal circunstância afrouxei o coração Hoje sou dono da estância e da filha do patrão ( )Int.( )Int.