flores que sobem porteiras levantam poeiras pra iluminar Fadas e sonhos perdidos tempos esquecidos no sertão de cá. Sinto sozinho e sangrando magoas que chorando consigo esconder num céu claro de alegrias contos fantasias guerras sem poder. ( ) Roxo o suspiro na mata coração maltrata incerta paixão E o alazão frente aberta sente a coberta do pasto na mão Vejo a sua partida seguir minha vida amado por ti vento sente o coração invade o sertão onde eu te conheci. ( ) Eu lacei o boi fumaça depois da pirraça que ele me fez laço o coro de novilha bateu na forquilha da guanpa da reis Canário canta sozinho ficou doentinho dormiu e morreu pra mim cantar a tristeza e sentir a nobreza que o senhor me deu. ( ) Mais espero a sua volta eu tenho a escolta de anjos do bem luas fadas e doendes escovas de dentes eu guardei também Me cobre de beijo e cheiro boiada e mangueiro sonhos de guri Cobre a terra de enxada e a roça de água pro sonho seguir. ( ) Hoje na porta eu vi seu sorriso entrando pra me invadir Te joguei no chão da sala cai sua mala choro o colibri Duas vidas divididas estradas compridas que morrem aqui Viola e céu estrelado o meu amor do lado para me cobrir. ( )