(Intro) De tarde volto da roça E descarrego os cargueiros Eu solto a tropa no pasto Prendo o baio no potreiro Boto milho pras galinhas Boto milho no chiqueiro Aparto todo meu gado Todo meu gado leiteiro Depois de todo trabalho Eu volto pra descansar E na soleira da porta Eu sento pra caximbar Ali eu vou me entretendo Vendo as rolinhas voltar Pois moram todas comigo Nas árvores do meu quintal Deste bando de rolinhas Só uma não quer ficar É uma rolinha arisca Que muito me faz penar Esta rolinha que eu digo É a derradeira a passar Deixando o ninho já feito Pra noutros ninhos ir pousar Se essa rolinha cabocla Que passa por meu caminho Bem sabe que nesse rancho Vive um caboclo sozinho Rolinha se tu quiseres Eu te darei meus carinhos Um é pouco dois é bom Pra viver dentro de um ninho Se tu rolinha malvada Soubesse a vida cruel Que eu vivo só nesse rancho Sem carinho de mulher Rolinha em forma de gente Que passa por meu sertão Hás de cair no laço Que eu fiz no meu coração