Intro: Vou fazer o meu ranchinho na beira do rio só pra mim pescar Pra fugir do baruião da cidade grande pra não estressar Lá eu fico amoitado jogo o farelinho pra cevar o poço Até esqueço que no banco eu to apertado até o pescoço Ah como é difícil a vida do pescador De noite ele enrosca o anzol na gaiada da taboca De dia ele queima no sol, dando banho na minhoca Levanto de madrugada, pego a minha enxada e começo a cavar Mas é pra arrancar minhoca pra pescar uns bagre pra nóis almoçar Depois ranco umas mandiocas e jogo na água que é pra estragar Pra cervar peixe graúdo eu faço de tudo pra não trabaiá Ah como é difícil a vida do pescador De noite ele enrosca o anzol na gaiada da taboca De dia ele queima no sol, dando banho na minhoca Vou chamar o Anisião um caboclo bão pra tarrafiar Ele dá uma tarrafiada que pra poder puxar Um dia desses lá no corgo ele apinchou a sua tarrafinha Pegou cinco giripoca, uma onça parda e dezoito galinha Ah como é difícil a vida do pescador De noite ele enrosca o anzol na gaiada da taboca De dia ele queima no sol, dando banho na minhoca Tudo aqui no meu ranchinho é bem simplezinho vou falar procês É um farturão danado, nóis pega dourado e solta outra vez A peixei uma miúda mas tem uma vara que é pra comparar Se não der um metro e meio nóis sorta o bichinho que é pra miorá Ah como é difícil a vida do pescador De noite ele enrosca o anzol na gaiada da taboca De dia ele queima no sol, dando banho na minhoca Quando vai escurecendo nóis volta pro rancho, é hora de jantar Um arroz com cambuquira, um franguinho caipira que é pra variar Depois nós ferra no truco, joga umas partida que é pra relaxar Aí nóis vai dormir tranqüilo pra no outro dia nóis voltar pescar! Ah como é difícil a vida do pescador De noite ele enrosca o anzol na gaiada da taboca De dia ele queima no sol, dando banho na minhoca