A noite é embalada a clonazepam Como a injeção que derruba o leão Como o tédio que emputece o patrão Num sonho obscuro ergo o polegar E pego carona pra qualquer lugar A bruma se estende, dificulta a interpretação Ah, me deixe aqui Parece familiar pra mim Recordo foi onde aprendi a cair Ah, sinto decolar De cima, nas nuvens visualizo o chão Me instiga a altitude Chegou a hora de pular Não vou permitir que os meus Temores se apoderem de mim Quem abre a porta pro medo Já prevê o lodaçal, o desespero Provo o fel, o amargor Quem prova e vive a vida aprende a dar valor Vou sentir Me entregar Com a crescente confiança na busca do inevitável