Quase à noitinha ela desce A ladeirinha que faz lado com o meu quintal Os seus passos ágeis, livres Trazem o amor ideal Feito de laço, posse, viço Vertical na dor, e um sol todo tempo a brilhar Pelos rios, matas virgens, desse seu corpo Que eu desejo amar O dia é vago quando eu não a flagro a sorrir para mim Posso ver imagens no na--da, duendes no edredon E é só dormir pra ouvir em qualquer lugar Sirenes no ar ressaltando você O dia nasce e você já envolta num véu, traz a luz Flores se esgarçam num bailado em busca de atenção Mais nada existe enquanto a vejo passar O que é seu andar? Que ventura esse chão!... Tudo mais é puro alvoroço Que a imagem de um colosso Provoca dia a dia... ________________________________________ Contribuição: Monarco([email protected])