O telefone toca, a criança chora O vento bate a porta, um samba de criolo doido O salto do andar de cima gritaria no playground Quase tudo que incomoda ,as vezes vem num tapa só A indiferença ocupa o espaço feito para uma abraço Um beijo ardente de boa sorte de boa sorte ,leva apenas um minuto Gastos com um post-it verde, grudado na geladeira ,sobre as contas a Pagar É tanto deixa pra lá Quem sabe um dia ou dois Mas lá bem pertinho do céu Talvez não exista depois E as vezes não da tempo de dizer um eu te amo As vezes não da tempo de dizer que foi engano As vezes não da tempo de dizer um siga em paz E as vezes não da tempo de soltar um só sorriso As vezes não da tempo uma conversa ao pé do ouvido As vezes não da tempo de ter tempo pra chegar Pra voltar