(Intro) A luz da noite quando desce sobre o campo Mais parece abrir um manto de estrelas a brilhar - O firmamento de azul todo enfeitado, É um vestido salpicado de brilhantes ao luar! E como é lindo a gente ver ao céu aberto O sertão sendo encoberto, do esplendor que é todo seu! Tudo surgindo com requintes de beleza A mostrar que a natureza, só podia vir de Deus! Aqui em baixo todo o campo orvalhado Faz um céu todo azulado em perfeita imitação - Os pirilampos com ciúme das estrelas Vão tentando convence-las que são estrelas no chão! As muitas flores, qual noturnas namoradas Vão se abrindo perfumadas, transbordantes de amor Mas logo adiante quando o sol romper o dia Vão dizer que queriam se arrumar pro beija flor! Clareando o dia é o sol que prevalece Desde a hora que amanhece até um novo entardecer, As borboletas, flores vivas revoando, São matizes adornando nossos rios a correr! Tudo se passa neste mundo deslumbrante O tesouro verdejante que tem nome de sertão! Onde o caboclo a cada estrela que aparece Canta versos de uma prece, que lhe sai do coração! Sertão... Sertão... berço que me viu nascer, Sertão... Sertão... catarei até morrer!