Cananéia, Iguape E Ilha Comprida

Emicida

Do fundo do meu coração Do mais profundo canto em meu interior, ô Pro mundo em decomposição Escrevo como quem manda cartas de amor Crianças, risos e janelas Namoradeiras, tranças, chitas amarelas O vermelho das telhas, o luzir da centelha te faz sentir como dentro de uma tela A esperança pinta em aquarela Chiadeira de rádio, TVs e novelas O passeio das abelhas, o concordar das ovelhas nas orelhas E a vida concorda de tabela No paralelepípedo, trabalhador intrépido O motor está no ímpeto onde começa tudo O vento acalma o rápido, pra todo som eclético Vitrolas cantam clássicos num belo absurdo Metrópoles sufocam, são necrópoles que não se tocam Então se chocam com o sonho de alguém São assassinas de domingo a pausar tudo que é lindo Todos que sentem isso são meus amigos, também (Essa aqui vem) Do fundo do meu coração Do mais profundo canto em meu interior, ô Pro mundo em decomposição Escrevo como quem manda cartas de amor Do fundo do meu coração (Essa aqui vem do meu coração) Do mais profundo canto em meu interior, ô Pro mundo em decomposição (Essa também é uma forma de oração) Escrevo como quem manda cartas de amor Estrela, Lua e vaga-lume Siriris brincando de cardume Fogueira traz histórias a reviver as memórias Noêmia de Souza chamava de lume A noite brinda com negrume A brisa em tuas flores espalha o perfume Sem escapatória da cigarra em oratória Tão íntima da música que dá ciúme No paralelepípedo, trabalhador intrépido O motor está no ímpeto onde começa tudo O vento acalma o rápido, pra todo som eclético Vitrolas cantam clássicos num belo absurdo Metrópoles sufocam, são necrópoles que não se tocam Então se chocam com o sonho de alguém São assassinas de domingo a pausar tudo que é lindo Todos que sentem isso são meus amigos, também Do fundo do meu coração Do mais profundo canto em meu interior, ô Pro mundo em decomposição Escrevo como quem manda cartas de amor