Flamboyant Composição: Paulo César Feital / Jota Maranhão Paulo César Feital / Jota Maranhão {Intro:} Por quantas noites eu me vi desencantar Enquanto os palcos desabavam sobre mim O meu amor então beijava o meu olhar Dizia: "Vamos lá! Levanta e vai cantar!" E eu me vestia e ela ia amamentar Nosso menino era platéia e camarim E dos seus seios parecia perguntar: "Meu pai, o que é que há? Me beija e vai cantar" E eu sabia que tinha de ir Pra amenizar toda a dor da cidade E eu pousava nos pianos por aí Tal qual um sabiá pousa num flamboyant Por quantas vezes eu pedi a Deus de manhã Deixar eu cantar pro Brasil Pra ter, no portão, o leite e o pão E o rabo do cão que diz não quando é sim Meu amor já na porta de casa Tendo ao colo o nosso Arlequim Me dava a impressão de um samba de Tom Jobim Até que um dia eu resolvi desencantar E desabei por sobre os palcos do país O meu amor ainda beija o meu olhar E eu digo: "Vamos lá! Cantar pra quem chorar" E eu peço a Deus para poder doar a luz Que a minha voz cumpra a missão de atenuar Toda a amargura dessa terra de Jesus E eu digo: "Vera Cruz, cantar pra não chorar!" E pros que cantam nos teus cabarés Tenham orgulho dessa profissão Pousem nos galhos dos pianos, violões Que a voz é um colibri nas cores das canções E todo dia eu peço a Deus pela manhã "Conserve-me a simplicidade Pra ter no portão, o leite e o pão E o rabo do cão que diz não quando é sim" Meu amor já na porta de casa E o sorriso do meu Arlequim É um céu de emoções, e eu sou uma luz assim A brilhar, a brilhar, a brilhar Meu amor sempre à porta de casa E o sorriso do meu Arlequim Sou um samba-canção, eterno de Tom Jobim A cantar, a cantar, a cantar Meu amor sempre à porta de casa E o sorriso do meu Arlequim Sou um céu de emoções, eu sou uma luz assim A brilhar, a brilhar, a brilhar Meu amor sempre à porta de casa E o sorriso do meu Arlequim Sou um samba-canção, eterno de Tom Jobim