Eram lá pelos anos 3000 E o mundo era mais ou menos Aquilo que Nostradamus previu O ser humano frio, num andar robótico Um olhar vazio, um mundo caótico E a gente assim como se tivesse tudo ótimo Cada vez mais próximo do fim e mais distante do próximo Na era da cibernética A tristeza era uma doença E a alegria era uma droga sintética Eu vi a manipulação genética Definir antes de nascer, o nosso ser, e nossa estética Humanidade cética, desafiando a ética Como se não passássemos De uma mera formula aritmética Vi, religiões criando pânico, rituais satânicos A criação de outros estados islâmicos Homens mecânicos, com chips em seus abdomens Até pareciam, mas não agiam como homens Vi carros voadores guiados por GPSs A extinção de milhares de outras espécies Vi cidades sendo engolidas pelos mares com o desaparecimento das calotas polares Vi guerras sendo travadas por todos lugares Vi a criação de novas armas nucleares Vi o fim da Amazônia, o Brasil virar colônia O planeta terra era a própria Babilônia Quanto tempo mais, até perceber e se alguém pudesse me ouvir Se eles pudessem ver o que eu vi Será que assim eles iriam entender