Que me venha esse homem Depois de alguma chuva Que me prenda de tarde Em sua teia de veludo Que me fira com os olhos E me penetre em tudo Que me venha esse homem De músculos exatos Com um desejo agreste Com um cheiro de mato Que me prenda de noite Em sua rede de braços Que me venha com força Com gosto de desbravar Que me faça de mata Pra percorrer devagar Que me faça de rio Pra se deixar naufragar Que me salve esse homem Com sua febre de fogo Que me prenda no espaço De seu passo mais louco Que me venha esse homem Que me arranque do sono Que me venha esse homem Que me machuque um pouco