Meu coração vadio, nunca dantes navegado No Atlântico ancorado é pacífico demais Num dia americano como estouro de boiada Meu coração de nada quis América do Sul Que leviano, o meu peito americano Quiere hablar castellano, ser daqui e ser de lá Mas de repente alguém toca o telefone Ouço a voz, gosto do nome, deixo tudo e vou pro mar O Rio é de Janeiro, fevereiro e carnaval Com o Cristo ao natural que é pacífico demais Então mais um cigarro no meu carro em Ipanema Vejo a moça do poema, eu mais eu e nada mais Que desatino, a viola abandonada Minha mão tão asfaltada não consegue violar E o sonho novo de passar as cordilheiras Vai virar velhas olheiras se acordado