Seu dotô me dê licença Pra minha história eu contá Se hoje eu estou com terra estranha E é bem triste o meu pená Mas eu já fui muito feliz Vevendo no meu lugá Eu tinha cavalo bão Gostava tanto de campiá e todo dia aboiava Na portera do currá Êêêêêh ah ah, êêêêêh ah ah Êh êh êh êh Vaca Estrela Oh, oh, oh, oh, Boi Fubá Eu sou fio do Nordeste Não nego meu naturá Mas uma sexa medonha Me tangeu de lá pra cá Lá eu tinha meu gadinho Não é bom nem maginá Minha bela vaca Estrela E o meu lindo boi Fubá Quando era de tardinha Eu começava aboiá Refrão Aquela seca medonha Fez tudu se trapaiá Não nasceu capim no campo Para o gado sustentá O sertão esturricou Fez o açude secá Morreu minha vaca Estrela Se acabou meu boi Fubá Perdi tudo quanto eu tinha Nunca mais pude aboiá Refrão E hoje nas terras do sul Longe do torrão natá Quando vejo em minha frente Uma boiada passá As águas corre dos óio Começo logo a chorá Me lembro da vaca Estrela Me lembro do boi Fubá Com sodade do Nordeste Dá vontade de aboiá Êêêêêh ah ah, êêêêêh ah ah Êh êh êh êh Vaca Estrela Oh, oh, oh, oh, Boi Fubá Colaboração: Marcos A. D. Barbosa Itaporé/Vale do Jequitinhonha - Brasil [email protected]