Ele fitou fixamente o infinito E nunca mais voltou Nem reconhecia a própria sombra Maravilhosamente só ficou Às vezes há um universo Às vezes há um novo chão Uma esperança do que não se deu Uma lembrança do que nem nasceu Questionou-se culpado Por não aderir ao movimento Por andar só sem ninguém ao lado Sem palavra de ordem Ao sabor dos ventos Será preciso se engajar no amor Sentir saudade, alguma dor Cometer até maldade Fingir, mentir, matar alguma cor Mas se ele contribuía mais assim Pras respostas do mundo e outros fins Porque teria que estar presente Se tudo clareava quando estava ausente Confessou-se culpado E não aderiu ao movimento Seguiu só sem ninguém ao lado Sem palavra de ordem Quase desatento