Não queiras, meu amor, saber da mágoa que sinto, quando a relembrar-te estou. Atestam-te os meus olhos rasos d'água a dor que a tua ausência me causou. Saudades infinitas me devoram, lembranças do teu vulto, que nem sei... Meus olhos incessantemente choram as horas de prazer que já gozei. Porém, neste abandono interminável, no espinho de tão negra solidão, eu tenho um companheiro inseparável na voz do meu plangente violão. Deixas- te-me sozinho, e lá, distante, alheia à imensidão da minha dor, esqueces que ainda existe um peito amante, que chora o teu carinho sedutor. No azul sem fim do espaço iluminado, ao léu do vento frio, se desfaz as queixas de um amor desesperado, que o peito em mil pedaços se desfaz. Porém...