Introdução: Já não é conversa de um ou dois Sem essa de "vamo deixar pra depois" É um desejo que está cravado em nossa crença Real feito enchente, morte....seca, escândalo, doença É como se os trens lotados clamassem a cada manhã Igual ao golpe de gol no peito do Maracanã Se os gritos de incêndio louvam a água ao invés do fogo Desobedecer as regras, às vezes melhora o jogo Que nem a greve geral, parando para movimentar Ressaca pulverizando as pedras no quebra-mar Tal qual a explosão bonita, nos dias de carnaval Fervor de sobrevivência das feras do pantanal Clarão de milho invadindo o escuro dos celeiros Milhões de grãos refulgindo entre as unhas dos mineiros Co9mo se os caminhoneiros transportassem nova carga Com a memória e o futuro buzinando nas estradas O bêbado muito louco, fica sóbrio de emoção A equilibrista solta sombrinha e vem pro chão O povo abre a roda e dança....aqui, ali, acolá Uma só voz na ciranda, canta pra melhorar Do Oiapoque ao Chuí, ciranda Ciranda povo sem fraquejar De Marajó aos confins dos Pam.......pas Ciranda povo pra melhorar..