Introdução: Não nego fogo, eu sou nordestino, desde menino sou de trabalhar Tu me respeita, sou sujeito homem, brigo com a fome num sol de rachar Faço uma lenha com minha peixeira, uma besteira não me faz brigar Não tenho água, mas eu tenho sede quando eu jogo a rede é pra namorar Carcará, pega, mata e come Carcará, pega, mata e come / Eu sou da terra do seu Virgulino, seu Severino também é de lá E nessa vida o que me consome é a saudade grande pra danar Quando me lembro da minha rendeira, só a sanfona pra me acalentar Só bebo água quando eu tenho sede quando eu jogo a rede boto pra quebrar Carcará, pega, mata e come Carcará, pega, mata e come / todo canto, vou tocando a obra, a mão-de-obra é dura de achar Eu ganho pouco pra deixar meu couro...farinha é ouro não pode faltar Eu vou na venda do seu Vitorino e compro bucho, jerimum, jabá E tomo uma pra enganar a sede Vou pra minha rede eu vou descansar Vou pra minha rede eu vou descansar Carcará, pega, mata e come Carcará, pega, mata e come.. /