Intro: Pelos caminhos incansáveis do destino O sertão foi a escola e professor A velha enxada era a caneta que escrevia Na terra firme pelas mãos do lavrador O Sol batia em seu corpo que sofria No rosto vinha igual lágrimas e suor À tardezinha pra aliviar o cansaço Ponteava a viola amenizando sua dor Não é justiça o que fizeram contigo Lhe desprezaram sem saber o seu valor Tu hoje és pobre operário na cidade Ainda vota pra quem lhe desprezou Se o país hoje está desenvolvido Foi com semente que um dia você plantou Se hoje evita o progresso dos país A culpa cabe a quem não lhe apoiou Velho caboclo tu pra mim és uma escola A mata virgem foi você quem desbravou Teu rosto marca o cansaço do passado Nas mãos os calos das sementes que plantou O seu ranchinho construído na estrada Foi lá da mata a madeira que tirou Fez do sertão a patente registrada Trabalha a pátria com trabalho e muito amor