Intro: Quão caras, são as flores Que adornam o solo dos perecidos E ao chegar da friagem perecem Para apinharem-se Aos seus amores, da neve Porque o frio O frio resolveu se congelar Na lágrima do inocente Que já não está Quão caras, são as folhas Que adernam a aurora de Abril À presença da ausência sobre A ausência da presença Que repousam em silêncio Porque o sol O sol resolveu se aquecer Para que a dor Pudesse de vez desvanecer ( ) ( ) ( ) ( ) Mas tão somente, mais uma vez Os olhos vissem na sua vivez Que nem a fúria dos homens Nem a loucura de outréns Outrora o ódio à florescer Agora chora o seu doer Puderam o sangue arrefecer Em sua sina, sua apória São sinais de mais uma memória Posto que é finória Frágil e áurea Não apenas horas Mas imortal até sempre Porque a luz A luz resolveu acender Sua noite ao poente Para nos lembrar De como nós éramos normais E de repente Não havíamos mais