1 Vem, meu povo da cidade, Das vilas e favelas, do campo e do sertão! Vem, que hoje eu te convido, Aguça teu ouvido, pois falarei de paz! Sou teu Deus e teu amigo, Cear quero contigo no amor que refaz! Vem, e vive a liberdade Do filho que revela meu rosto em cada irmão! Vem, e prova a minha ceia: Darei medida cheia a quem faz lugar! Meu amor, por onde passa, Não cobra, é de graça, no dom de se dar! Sim, Senhor é minha festa: De mim agora resta meu ser em comunhão Sou teu povo aqui presente, A espera da semente que se faz libertação! 2 Vem, meu povo tão sofrido, Aflito e machucado por dor e opressão Vem, serei no teu deserto A fonte que pro certo renova e da vigor Sou teu Deus e companheiro, Estar eu quero inteiro na voz do clamor, Vem, serás por mim servido, No colo carregado, farás refeição Vem, e canta a esperança Que teima e não se cansa de sempre esperar! Meu amor é sem medida, E faz brotar a vida onde o povo pisar!