Um canto desesperado vai rasgando a minha vida Não posso ficar calado permitindo que se diga assim de mim por aí Pirou de vez Isso e aquilo vive infeliz, desvio da natureza É incapaz Só pode ser por drogas demais, alcoolismo Tem noite sinto no peito Uns dez balaios de gatos todos pretos, ave maria, credo em cruz Esconjuro, clamo Jesus, rezo, canto Como se cantasse um hino ou um blues Como Alberta Hunter, Clementina de Jesus Eterno amor Peito em chamas arde tanto, quem é que te destina ternuras A dor vai dar Misteriosamente na mesma certeza, ser uma sina a loucura Eu enchi de contras até a tampa Meu baú só com tragédias urbanas, humanas, gregas e troianas Coloco meu sobretudo sobre mim, lhufas Quero saber sobre nada disso ou daquilo Nem mel, nem fel Simples sou o maior trivial de que se têm notícias Quem sou, porém Convém explicar muito bem Eu vou dizer de uma vez por todas Já tive muitos critérios, hoje só vários delírios Ativos cultivo em mim Resolvi levar a sério ha ha ha Ao sair dum cemitério e eu estava bem vivo Quem sou eu ainda não sei Eu só sei que eu canto porque gosto, talvez Negócio de quem não tem bom juízo, mas lembrem-se ( ) ( ) Astronautas eram deuses Rola, existe disco laser, outros mundos, outras galáxias Nunca foi a teoria idêntica com a prática Som luz, luz som Acendo com fósforos velas contra as forças ocultas Nos vídeos, nos palcos