Quando a solidão me bate à porta Nessas horas mortas, nessas noites de verão nos ruídos surdos da cidade Sinto som de flauta, cavaquinho e violão É então que chega uma saudade De um tempo que em verdade eu nem conheci Tempo de antenores de voz rouca Pondo a alma pela boca, dando couro por um tamborim Tempo de antenores de voz rouca Pondo a alma pela boca, dando couro por um tamborim Põe fogo no couro deste samba. que a lua já descamba Pra dar passagem ao metrô Toca o bonde, somos condutores De pastoras e pastores Eu, você e o Claudionor Samba choro samba pau e corda Dos bordões da velha guarda Rolam rosas, rolam rimas pelo chão E eu me vou nas brumas da saudade Encontrar minha verdade Pelo braço de um amigo violão