Ponteio de introdução (aproximado): (Tocar em dueto os pares verticais de notas) 19 17 13|17 15 12|15 13 10|12 13 15| 220 28 25|28 27 23|27 25 22|23 25 27| 19 17 13|17 15 12|13 14 15|13 10 23|15 13 12| 220 28 25|28 27 23|25 26 27|25 23 32|27 25 23| Lá na casa da fazenda onde eu vivia Numa manhã de garôa e de céu nublado Achei no chão do terreiro uma sementinha Pensei logo em plantá-la no chão molhado. O tempo passou depressa e a mocidade Chegou como chega a noite ao cair da tarde Veio morar na fazenda uma cabocli- nha Graciosa, bela e meiga e na flor da idade. Ponteio: 19 17 13|17 15 12|13 14 15|13 10 23|15 13 12| 220 28 25|28 27 23|25 26 27|25 23 32|27 25 23| Iniciou-se um romance entre eu e ela Na sombra aconchegante de uma paineira Dei a ela uma rosa com muita esperança Que eu colhi de um galhinho daquela roseira. Marcamos o casamento pro o fim do ano Pra mim só existia ela e pra ela só eu Pouco mais de uma semana pra o nosso idí- lio A minha flor prometida doente morreu. (Ponteio) Arranquei o pé de rosa na primavera E plantei na sepultura de minha amada Todas as tardes eu molhava com o meu pranto A roseira foi murchando e acabou em nada. A chuva se foi embora e o sol ardente Matou a minha roseira e secou meu pranto Só não matou a saudade da cabocli- nha Pois eu vejo sua imagem em todo o canto. (Ponteio) Por isso é que eu vivo longe de minha terra Seguindo a longa estrada de minha vida Procuro viver sorrindo mas no entanto Eu choro ao me recordar a amada querida. O destino como sempre é caprichoso É cheio de traições e de sonhos loucos Tal qual aquela roseira e a minha ama- da Eu pressinto que também vou morrendo aos poucos. (Ponteio) Cifrada por Roberto Crescioni - [email protected] Bauru, 04 de fevereiro de 2005