Muntado no lombo da louca saudade deixei a cidade voltei pro sertão Fui ver minha casa na velha fazenda o rancho a moenda o velho galpão Cheguei de mansinho olhando pros lados, meus olhos molhados de tanta Emoção Passei a cerquinha de arame farpado, o angico encorpado me olho do espigão Na porta do rancho bem rente a soleira, esbarrei na roseira, levei um arranhão A linda roseira de rosas vermelhas puxava a orelha do filho fujão Passei a saleta e fui pra cozinha, no canto ainda tinha o velho fogão Olhei pra parede meus olhos pararam e meus pés ficaram pregados no chão Revi na parede um rosto traçado que a tempos passados ieu fiz de carvão O tempo e a chuva molhou o reboque que fez o retoque com tal perfeição Me fez eu criança envolto na manta no colo da santa seguro em tuas mãos Seus olhos estavam radiantes de brilho segurando o filho e dando a benção Fechei os meus olhos rezei para ela pintada na tela da minha ilusão Mãezinha querida meu grande tesouro você é de ouro e não de carvão No mundo onde ando de loucas estradas eu sei não sou nada sem sua proteção.