Intro: 1-Lá na casa da fazenda onde eu vivia, Numa manhã de garoa e de céu nublado. Achei no chão do terreiro uma sementinha, Pensei logo em plantá-la no chão molhado. --O tempo passou depressa e a mocidade, Chegou como chega a noite ao cair da tarde. Veio morar na fazenda uma caboclinha, Graciosa, bela e meiga, e na flor da idade. Intro: Iniciou-se um romance entre eu e ela, Na sombra aconchegante de uma paineira. Dei a ela uma rosa com muita esperança, Que eu colhi de um galhinho daquela roseira. Marcamos o casamento pra o fim do ano, Pra mim só existia ela e pra ela só eu. Pouco mais de uma semana para o nosso idílio, A minha flor prometida doente morreu. Intro: 3-Arranquei o pé de rosa da primavera, E plantei na sepultura de minha amada. Todas tardes eu molhava com o meu pranto, A roseira foi murchando e acabou-se em nada. --A chuva foi embora e o sol ardente, Matou a minha roseira e secou meu pranto. Só não matou a saudade da caboclinha, Pois eu vejo sua imagem por todo canto. Intro: 4-Por isso é que eu vivo longe da minha terra, Seguindo a longa estrada da minha vida. Procuro viver sorrindo mas no entanto, Eu choro ao recordar a amada querida. --O destino como sempre é caprichoso, É cheio de traições e de sonhos loucos. Tal qual aquela roseira e a minha amada, Eu precinto que também vou morrendo aos poucos. Intro: