Intro: Ouvi no natal, tão linda a sanfona de Expedito No curri de Zé Malfeito a canção de Deus menino Na caatinga onde nascia Expedita e seu bailado, vem dançando no Balanço e no compasso do cangaço Vi João Valentino correr bicho no riacho, eu fiquei aflito e apelei para o vigário Convidei Lindaura pra rezar pro Padin Ciço. Vaila-me meu Deus que Eu fiquei aperreado Ô vó acenda o candeeiro, continue a história desse povo buraqueiro Ei Mãe eu estou com medo, continue a história desse povo buraqueiro Vi o nego d'água mergulhar no São Francisco e o alvoroço pelas ruas da cidade Seu Tarcísio Pisa Arroz e faz baião-de-dois, Zé Nambú e Sinhô Doido Num delírio de compadres Eu de manhãzinha chupei manga lá no sítio o senhor Botinha veio Seguindo os meus passos Rosinha na baixinha costurando o seu bordado. Maria Ceguinha Lecionando tabuada Ô vó acenda o candeeiro, continue a história desse povo buraqueiro Ei Mãe eu estou com medo, continue a história desse povo buraqueiro Página 1 / 3 ( ) E lá vem Hermínia pelas ruas da cidade, vem toda de preto Assoviando e xingando Com tição na mão ela queimava o próprio braço, acho que na vida eu Nunca vi tanta maldade! Era destemida pelas ruas da cidade, cheia de mistérios, devaneios e loucuras Eu corria dela como o diabo da cruz, eu fechava a porta e chamava por Jesus Ô vó acenda o candeeiro, continue a história desse povo buraqueiro Ei Mãe eu estou com medo, continue a história desse povo buraqueiro Na grota do touro buzinou a marinete que da capital saiu cedinho e aqui já é sete Lagoa Comprida, Capivara e Carretéis, hoje é pescaria na "Terra dos Coronéis" Ouvi no caminho para o ouro da ilusão choro de menino na serra de Miguel Chorão Ouvi serenata na calçada de Osório, Tereza Pinote tá fazendo mais um parto Ô vó acenda o candeeiro, continue a história desse povo buraqueiro Ei Mãe eu estou com medo, continue a história desse povo buraqueiro Vi um clarão no morro do Cruzeiro alumiando fogo-corredor deixando Tudo chamuscado Eu corri as léguas que nem doido pelo mato quando o Zeppelin Quebrou a cerca do roçado Vi Frei Angelino convocar reunião com alguns amigos pelas bandas do sertão Na luz de um candeeiro ficou tudo acertado. e ali nascia a nossa Festa do Vaqueiro Ô vó acenda o candeeiro, continue a história desse povo buraqueiro Página 2 / 3 Ei Mãe eu não tô com medo, continue a história desse povo buraqueiro