O meu cabelo já começa pratiando Mas a sanfona ainda não desafinou A minha voz vocês reparem eu cantando Que é a mesma voz de quando meu reinado começou Modéstia à parte é que eu não desafino Desde o tempo de menino Exu no meu sertão Cantava solto que nem cigarra vadia E é por isso que hoje em dia Ainda sou o rei do baião Eu agradeço ao povo brasileiro Norte Centro Sul inteiro Onde reinou o baião Se eu merecí minha coroa de rei Esta sempre eu honrei Foi a minha obrigação Minha sanfona minha voz o meu baião Este meu chapéu de couro e também o meu gibão Vou juntar tudo dar de presente ao museu É a hora do Adeus De Luiz rei do baião _______________________________________________________ Contribuição: Elias Figueredo Rolim([email protected])