Introdução: (declamado) Manhã linda, vento momo Os ovelheiros trabalham Cheiros de flores exalam De campo, várzea e banhado Olho atento, laço armado Cuidando o lado do vento Pra estender os quatos tentos Nas aspas de um abichado O Eder velho firma a redia e laça um boi, livra o tirão e depois froxa pro garreio erro de perna, abro o cavalo, estendo a trança num lindo pealo na beirada do rodeio Deixa cinchando ms passa a rédea no laço porque esse zaino sabe muito dsse enleio, orelhas firmes mui atento no serviço sem outro vício que ficar mordendo freio Se tá curado tira o laço, apara a cola arrumam as garra enquanto eu fico cinchando, monta cavalo ralha os cachorros pra trás que o boi é brabo, vai sair atropelando De volta às casas, trote manso, pingo suado Chapéu tapeado e os ovelheiros de atrás Olhando ao longe o espinhaço do horizonte Onde o sol treme e a distância se refaz Se assusta feio o meu cavalo se negando De um avestruz que de repente sai do ninho Desprevenido quase saio dos arreios O que me vale é ter pegada nos machinhos!