Intro.: Da gadaria faz silhueta a madrugada Das quatro quadras da invernada do branquilho Rodeio grande saltou cedo a peonada Levando a lua da cabeça do lombilho A mim me toca reponta o fundo do campo Na hora santa em que a manhã tira o seu véu Levo na testa do gatiado a última estrela Que aquerenciada não quiz mais voltar pra o céu E o meu cavalo que "lhe gusta" ouvir um silvido Olha cumprido e põe tenências nas orelhas Enchergo o gado e o assobio sai tão sentido Que acende o sol num gravatá crista vermelha E o meu cavalo que "lhe gusta" ouvir um silvido Olha cumprido e põe tenências nas orelhas Enchergo o gado e o assobio sai tão sentido Que acende o sol num gravatá crista vermelha O boi compreende o chamado da melodia E a gadaria pisoteia um Santa Fé Chegam no passo da restinga, e uma traira Atira um bote à flor azul de um aguapé Olhando a ponta que encordoa pra o rodeio Cresce o anseio de viver nestas lonjuras Bárbara é a lida no lombo dos arreios E alma de campo é a redição destas planoras Já me disseram que se acabam as invernadas Que retalhadas marcam o fim dessa existência Mas trago a essência e a constançia de um olho d'água E alma penduada com sementes de querência Já me disseram que se acabam as invernadas Que retalhadas marcam fim dessa existência Mas trago a essência e a constancia de um olho d'água E alma penduada com sementes de querência Mas trago a essência e a constançia de um olho d'água E a alma penduada com sementes de querência