Na charla dos milongueiros, contraponteando o silêncio Eu sempre digo o que penso, quando o violão me golpeia E me garanto por terra, cantando coisas do campo Sem molestar o quebranto, dum bordoncio queixoso Aqueles do olhar lacrimoso, quando voltamos pra dentro (Camperiando vou, camperiando, vou Vou eu, à cavalo, encurtando o pago, campeador) Int. Guardo nas léguas dos olhos, remorsos nunca esquecidos Um catre "bueno" e curtido, pros dias que não enfreno Tropilhas do mesmo pelo, parceiros das invernadas Quando amadrinho quarteadas, no pampa do meu estado E um coração solidário, velando a luz do luzeiros ( )Int. Sabe comadre milonga, fulana nem sei das quanta Sempre que um sonho se planta tenho com quem conversa Ando de lado atorado, marcado pelo meu jeito Quando a dor abre o peito, e o vento nada responde Talvez buscando horizontes, eu mude a cara do tempo ( )