Intro: Quem trás em si o caminho que é novo a cada momento Tem na inconstância do vento o destino que lhe cabe Nem mesmo o destino sabe o porque destas partidas Das múltiplas despedidas que o tempo nos apresenta Eu levo um sol no destino e a sombra por desafio Um azul de céu imenso e duas margens de rio Um passado e um presente que dimensionam meu tempo Um adeus de lenço branco que ficou no esquecimento (Quando parti levei sonhos e o coração do avesso As palavras de um verso que eu só fiz o começo E um baú de lembranças de falso ouro sem preço Quando parti levei sonhos e o coração do avesso) ( ) Pensei que fosse mais fácil emoldurar o passado Num retrato amarelado antigo quanto a saudade Quando se partem as metades um lado procura o outro O que vai é o recomeço o que fica morre aos poucos Na hora que a alma dorme no tempo de cada um A saudade é tão comum como a de estar ausente Já não germina a semente que ao solo se oferece Somente os sonhos são férteis em terra que nada cresce ( )