Lá vem natalício perdomo no seu mouro destapado E um ovelheiro do lado costeando a franja do pala Será que andou de cismado numa bailanta argentina Com alguma correntina de pêlo amorenado Ou uma milonga campeira mesclada com uma carreira Lhe pialou pelo sombreado de um capão de pitangueira Quem sabe suas razões de andejar nos domingos São as mesmas destes índios que habitam os galpões (Que fazem as solidões se multiplicarem nos cascos Bis De um mouro negro ou picaço pra os olhos de alguma china) Int. Não é só a geografia deste meu povo de campo Mas também fisionomia de quem tem seu próprio canto E alimenta suas raízes com jujos da própria alma Filosofias de calma paciências de acalanto Este meu povo de campo de geratrizes antigas Mistura de pulperia ternura mansa de rancho Tem memoriais escondidos nas dobraduras do arreio De andar nos pastoreios esparramando cultura ( )Int.