Intro.: Cansei os meus olhos de ver horizontes quero ter de perto, no alcance da mão na sombra do baio ou costeando o aramado a razão deste canto, firmando o garão. O verde estendido lhe explica este gosto de acreditar nas verdades que trago de ser mais Rio Grande, na alma e no jeito e de apenas cantar minhas coisas e o pago. De alma e verso, assim, eu sou regional e em mim, eu vou coração sem fim, que andou pra se encontrar! De violão e voz, assim, eu sei universal e enfim, serei coração por mim, eu terei pra quem me entregar! "E é por isso que sempre canto minha terra, minhas verdades, minha gente, meu canto é assim e só sei cantar desse jeito, acredito que este é o rumo, e sigo firmando o garrão, pelas coisas que penso." Quem sabe um dia meu olhar de interior entregue um vistaço pra quem nunca viu um potro estendendo um galope na várzea ou um simples ocaso no espelho de um rio. Se tem quem se venda, não pago este preço nem deixo meus sonhos, crescerem em vão e ainda acredito que o mate é um abraço pra quem desencilha no rancho de um irmão. Quem sabe de longe o olhar "inda" veja as coisas que o campo não quer me mostrar mais sei que este pago, na força da cincha garante e sustenta, o que me faz cantar. Se canto a minha terra, eu falo o que sei se tenho verdades, as carrego comigo se ainda canto, só pra o meu consumo é por que todos sabem, aquilo que digo... De alma e verso, assim, eu sou regional e em mim, eu vou coração sem fim, que andou pra se encontrar! De violão e voz, assim, eu sei universal e enfim, serei coração por mim, eu terei pra quem me entregar!